sábado, 16 de janeiro de 2010

População come ´carne de moita´ há mais de um ano

Semace interdita matadouro público do Cedro / CE, mas gado continua sendo abatido de forma clandestina

Nesse município, localizado na região Centro-Sul do Ceará, há mais de um ano que os moradores consomem "carne de moita", cuja origem resulta do abate clandestino de animais bovinos, ovinos, caprinos e suínos, realizado diariamente em áreas próximas ao centro urbano. O gado é abatido sem nenhum controle de saúde, de forma cruel e em precárias condições. Há sérios riscos de transmissão de doenças para a população.

Diariamente, são abatidos de forma clandestina cerca de 15 bovinos e dezenas de outros animais de produção. Um flagrante desse crime foi feito em um sítio próximo ao matadouro. Os bovinos são puxados por uma corda até o ponto de abate, onde são mortos de forma cruel, com várias machadadas na cabeça. Não há higiene. A carne fica sob o chão. Sangue e vísceras escorrem para um pequeno açude. Sem fiscalização sanitária, animais doentes podem ser abatidos no local.

A carne de origem clandestina chega ao mercado público local e a outros pontos de venda em transporte precário e sem condições adequadas de higiene. A interdição administrativa do único matadouro que existia na cidade foi feita pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), em dezembro de 2008, e permanece até hoje, a pedido do Ministério Público Estadual (MPE).

A situação atual é considerada grave tanto pelo município, quanto pela Promotoria de Justiça. A Prefeitura diz que já cumpriu mais de 80% das exigências apresentadas pela Semace e pede a liberação do matadouro. A Semace reapresentou novo pedido de realização de obras no matadouro. Em meio a esse impasse, a população sofre com o problema e está exposta a contrair doenças em face do consumo de carne de animais abatidos sem inspeção veterinária e também sanitária.

Em dezembro de 2008, o MPE ingressou com ação civil pública contra o município e solicitou da Semace e do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) visita técnica e laudo de inspeção sobre as condições físicas e de funcionamento do matadouro. Os técnicos constataram a precariedade da unidade. Em laudo técnico, apresentaram os seguintes itens: abate de animais de forma cruel com uso de marreta e machado, carcaças jogadas a céu aberto, resíduos sólidos acumulados e falta de estação de tratamento de esgoto e das águas servidas.

O relatório revelou ainda a falta de brete de contenção dos animais, precária condições de estrutura externa e interna, paredes sem revestimento e piso danificado e permeável, contato da carne com o piso, ausência de mesa de inspeção sanitária e transporte inadequado da carne para o comércio.

Estação de tratamento

Ainda na gestão passada, a Prefeitura realizou algumas obras de melhoria, tais como revestimento das paredes, recuperação do piso, construção de bancadas e colocação de pias inoxidáveis. A atual administração construiu uma estação de tratamento de esgoto e, por meio de advogados, ingressou na Justiça com ação cautelar e pedido de liminar para reabertura do matadouro.

A Prefeitura de Cedro informou à Justiça que há veterinário regularmente contratado para o serviço de inspeção, confirmou com fotos o abate clandestino de animais, apresentou os serviços de melhoria realizados na unidade e considerou o fechamento do matadouro "uma decisão irresponsável, pois favoreceu o surgimento dos abatedouros clandestinos, expondo a população ao consumo de carne contaminada".

O promotor de Justiça, Leydomar Nunes Pereira, esclareceu que a Justiça não julgou o pedido de liminar e nem determinou prazo de 90 dias sob pena de aplicação de multa contra o município, caso não cumprisse as exigências da Semace. "O embargo que permanece não é judicial, mas administrativo. Há um problema com relação à estação de tratamento dos dejetos e é lamentável que esse problema se arraste há tanto tempo".

O secretário de Infraestrutura do município, Manoel Siqueira Nazaré, disse que o município já cumpriu mais de 80% das exigências apresentadas pela Semace e que o matadouro está pronto para funcionar. "Estão exigindo coisas demais, que não existem em outros matadouros da região", disse. "É um absurdo o que está acontecendo em Cedro. A população consome diariamente carne de moita e corre sério risco de saúde por capricho da Semace e da Justiça. Os moradores estão sofrendo".

Manoel Siqueira fez um apelo à Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) para que ajude a solucionar o embargo administrativo no matadouro da cidade.

"Queremos justiça, uma análise adequada da situação atual do matadouro em comparação com outras unidades. Já construímos a estação de tratamento de esgoto e retiramos as salgadeiras. Temos interesse na reabertura do matadouro e queremos agilizar a solução".

CUMPRIMENTO

"O município já cumpriu mais de 80% das exigências da Semace. O matadouro está pronto"
Manoel Siqueira Nazaré
Secretário de Infraestrutura do Município do Cedro

MAIS INFORMAÇÕES
Secretaria de Desenvolvimento Urbano e de Infraestrutura
Município do Cedro - Centro-Sul
(88) 3564.0178

Honório Barbosa
Repórter

ABATE HUMANITÁRIO

Interdição de matadouro gera polêmica

A Lei do Abate Humanitário determina o uso de pistola pneumática para o abate de animais de produção

Cedro. O impasse que vem ocorrendo em face da interdição administrativa do matadouro deste município, determinada pela Semace, divide opiniões. A presidente da União Internacional Protetora dos Animais (Uipa), Geuza Leitão, mostrou-se preocupada com a situação no município. "O abate clandestino de animais utiliza métodos cruéis e geralmente é feito sem inspeção sanitária e em precárias condições, levando risco para a saúde dos consumidores", frisou. "Essa situação não pode perdurar".

Segundo Geuza Leitão, o abate clandestino desrespeita a legislação sanitária e desobedece à Lei 12.505, que trata do abate humanitário, a partir da obrigação do uso de pistola pneumática pelos matadouros.

Preocupada com o abate cruel de animais em quase todos os matadouros do Interior do Ceará, ela apresentou, em 1995, proposta para aprovação de lei estadual obrigando o uso de pistola pneumática e banindo a utilização de machado, ferro e chuncho. "Estamos diante de uma situação crítica, mas prefiro o abate no matadouro com uso da pistola e mesmo sem condições totalmente adequadas à matança de moita", observou. "Não conheço as razões da interdição do matadouro da cidade de Cedro ser mantida, porém o pior é a permanência do abate clandestino", afirmou ela. Conforme adiantou, vai solicitar providências por parte do Ministério Público Estadual para tentar solucionar o impasse.

"Espero que quando o abate voltar ao matadouro, utilizem a pistola pneumática conforme determina a legislação", frisou. "O abate deve ser feito em condições de higiene e sob fiscalização sanitária e acompanhamento de um veterinário".

Já o promotor de Justiça da cidade de Cedro, Leydomar Nunes Pereira, mostrou-se indignado com o atraso no julgamento da ação civil pública impetrada pelo Ministério Público. Lembrou que, em 2008, as condições de funcionamento do matadouro eram muito precárias. "Há demora e dificuldade na realização de obras exigidas pela Semace", disse. "Por último, o problema está emperrado na estação de tratamento de esgoto".

Por sua vez, o secretário de Infraestrutura de Cedro, Manuel Nazaré, observou que o município tem limitação de recursos próprios e depende de repasse estaduais e federais. "Somos um município pobre e não temos recursos suficientes para atender às exigências de um padrão de primeiro mundo. Esperamos que cobrem de nós o que é exigido de outros municípios". Nazaré disse que a Prefeitura tem interesse em que o matadouro volte a funcionar e disse que haverá um esforço para atender a lei que obriga o uso de pistola pneumática no abate dos animais.

A assessoria de comunicação da Semace não informou sobre o resultado do laudo técnico da última vistoria feita pelo órgão no matadouro de Cedro. O gerente da Semace na região do Cariri, João Josa, também não retornou a ligação para esclarecer sobre as mais recentes exigências apresentadas à Prefeitura de Cedro e acerca da avaliação das obras realizadas na unidade de abate.

Os consumidores da cidade de Cedro permanecem sob risco de contrair doenças que podem ser provocadas pelo consumo de carne de moita. Há as parasitárias: cisticercose, toxoplasmose, fasciolías e hepática. As de origem bacteriana como a salmonelose e brucelose, e a de origem viral, como febre aftosa. Todas estas enfermidades estão associadas a deficiências no controle sanitário dos animais destinados ao abate e na ineficácia dos sistemas de controle de qualidade durante o processamento das carnes.

BOVINOS

222 MATADOUROS são registrados no Estado do Ceará. Do total, 159 são públicos, 20 particulares, 20 estão desativados e 23 em fase de implantação. O abate de bovinos corresponde a 30%

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Leões do GAP inspiram Governo do ES a sancionar Lei contra o uso de animais em circos

Dr. Hercules com as fotos do leaozinho (Fonte: AMAES)
Dr. Hercules com as fotos do leaozinho (Fonte: AMAES)
Em encontro realizado ontem, 13/01, entre representantes de ONGs de Proteção Animal do Espírito Santo e o vice-governador Ricardo Ferraço, o político declarou que apóia a sanção do Projeto de Lei nº 461/2009, que proíbe a utilização de animais em espetáculos circenses e similares. O PL é de autoria do Deputado Dr. Hércules e foi aprovado pela Assembléia Legislativa em dezembro. Para virar Lei só falta a aprovação do Executivo.

Na reunião, os protetores transformaram o nascimento do filhote da leoa Carol em um símbolo da luta capixaba pela defesa dos direitos dos animais. Os leões Carol, Sarita e Chimarrão foram abrigados pelo GAP em setembro do ano passado, depois de uma complexa operação de resgate feito Ibama e uma organização de ONGs locais. Eles viviam no Circo Rostok, em condições desumanas e numa jaula ínfima.

O nascimento do filhote de Carol, no dia 05/01, foi mais um impulsionador na campanha junto ao Governo do ES pela sanção da lei. A mobilização para retirada dos leões do circo e sua transferência para o santuário do projeto GAP em Sorocaba detonaram o processo para definição do PL.

As ONGs de proteção animal aproveitaram para homenagear o autor do PL, Dr. Hércules, presenteando-o com fotos do filhote de leão nascido no santuário. O filhote será batizado de Hércules, caso seja um macho, ou Vitória, se for uma fêmea, em homenagem ao nome da capital do estado.

Governador do ES apoia o fim do uso de animais em circos


Encerrando a maratona de reuniões junto às autoridades do governo do Espírito Santo, organizaçõesde proteção animal capixabas, se reuniram ontem, dia 13, com o governador em exercício, Ricardo Ferraço, para discutir a sanção à Lei 461/2009.

Vice-governador Ricardo Ferraço e Deputado Dr. Hércules assinam a DUBEA
Vice-governador Ricardo Ferraço e Deputado Dr. Hércules assinam a DUBEA
O Projeto de Lei de autoria do deputado estadual Dr. Hércules Silveira, visa o fim o uso de animais em circos no estado do Espírito Santo e já foi aprovado pela Assembléia Legislativa, faltando agora o parecer da Procuradoria Geral do Estado e a sanção do governador para entrar em vigor.

A WSPA foi representada pelo Diretor Regional da WSPA Brasil, Antonio Augusto Silva, e pela Gerente de Desenvolvimento da WSPA, Elizabeth Mac Gregor que apresentaram ao governador os relatos de maus-tratos a que os animais de circo são submetidos durante os treinamentos. Ricardo Ferraço se declarou sensível ao pleito das ONGs e se comprometeu a sancionar o projeto de lei após a análise do Procurador Geral do Estado do Espírito Santo, Rodrigo Rabello


O governador ainda fez questão de aderir ao abaixo-assinado pela Declaração Universal de Bem-Estar Animal (DUBEA).Com isso, Ricardo Ferraço passa a ser o primeiro governador dos estados brasileiros a assinar esse importante documento.

Sobre o apoio do governador ao PL 461/2009, o Diretor Regional da WSPA Brasil, Antonio Augusto, comenta:

– O governo do Espírito Santo está dando um grande passo para eliminar do estado o sofrimento dos animais cativos em circos e se junta aos outros estados brasileiros, pioneiros nessa iniciativa. A sanção da lei que se espera do governador também irá coroar o trabalho das ONGs capixabas de proteção animal e da Assembléia Legislativa, no apoio à iniciativa do deputado estadual Dr. Hércules Silveira.


Procurador Geral do Estado do ES também adere à campanha pela DUBEA

Protetores e autoridades do Espirito Santo
Protetores e autoridades do Espirito Santo
Após o encontro realizado no Palácio da Fonte Grande, as organizações seguiram para uma reunião com o Procurador Geral do Estado do Espírito Santo, Rodrigo Rabello Vieira. Na ocasião, Antonio Augusto Silva falou sobre o empenho da WSPA em prol do bem-estar dos animais no mundo, em especial sobre o trabalho desenvolvido pelo fim do uso de animais em circos. Rabello se sensibilizou com a questão e também aderiu à campanha pela DUBEA.

O procurador geral do Estado ainda se comprometeu a se empenhar ao máximo para que seus procuradores-assistentes analisem em caráter de urgência o Projeto de Lei 461/2009 já aprovado, para que possa dar o parecer final e devolvê-lo para a sanção do governador.


Aliados da proteção animal

Dep. Est. Dr. Hércules Silveira, Rodrigo Rabello Vieira - Procurador Geral do Estado do Esp. Santo e Antonio Augusto Silva - Diretor da WSPA Brasil
Dep. Est. Dr. Hércules Silveira, Rodrigo Rabello Vieira - Procurador Geral do Estado do Esp. Santo e Antonio Augusto Silva - Diretor da WSPA Brasil
Um dos mais importantes aliados da proteção animal na luta pelo fim do uso de animais em circos, o deputado estadual Dr. Hércules Silveira, autor do PL, também deu o seu apoio pela DUBEA. Antonio Augusto define assim as conquistas obtidas pela ONGs capixabas:

– O sucesso dessa iniciativa deve-se também à harmonia em que trabalham as ONGs de proteção animal no Espírito Santo. Embora com convicções diferentes, todas visam o melhor para os animais e trabalham unidas, não discriminando nem competindo umas com as outras. Ao contrário, elas se apóiam mutuamente. Um exemplo para todos os estados brasileiros.

Chimpanzé Kate volta ao Zoo Beto Carrero

Chimpanzé Kate

Chimpanzé Kate
© Renato Rocha Miranda/TV Globo/ divulgação

Depois de atuar na novela da Rede Globo, "Caras e Bocas", a chimpanzé Kate retornou ao zoo de onde havia sido retirada, o Parque Beto Carrero em Santa Catarina. Ela está num chamado "Centro de Primatologia" que pertence ao zoológico do Parque Beto Carrero, aberto à visitação pública.

Ao final da novela, o autor deu a impressão de que Kate descansaria num santuário, mas na vida real, ela voltou a ser uma atração no zoológico onde já vivia. Muitos telespectadores se sentiram enganados pela novela, pois o único santuário para primatas com autorização do IBAMA no Brasil é a afiliada da WSPA chamada Projeto GAP - Grupo de Apoio aos Grandes Primatas onde, aliás, vivem a mãe e dois irmãos de Kate. O filhote que também foi usado na novela e está com Kate no zoológico também foi retirado de perto da mãe, porém a origem desse filhote não é conhecida.

Os telespectadores ficaram ainda mais surpresos ao ler o relato do presidente do Projeto GAP, Dr. Pedro A. Ynterian, sobre o histórico de Kate e a longa disputa judicial envolvendo a chimpanzé e outros familiares que deveriam ter sido destinados ao GAP há muitos anos.

Leia, na íntegra, as explicações do Projeto GAP sobre a vida de Kate. >>

WSPA e ONGs pedem ação do Itamaraty contra caça às baleias

Navio baleeiro Japonês
Navio baleeiro Japonês
Trinta e uma organizações da sociedade civil divulgaram ontem, dia 13, uma Carta Aberta enviada ao representante do Brasil junto à Comissão Internacional da Baleia, o diplomata Fábio Vaz Pitaluga, exigindo um posicionamento forte contra a continuidade da matança de baleias na Antártida pelo Japão.

Apesar da moratória estabelecida pela Comissão em 1986 e da declaração de um Santuário Antártico de Baleias em 1994, a caça está em franca escalada sob o pretexto de “captura científica”.

Apesar da frequente condenação da maioria dos países da CIB, o Japão recusa-se a parar com a matança. O Brasil integra um pequeno grupo de negociação que tem se reunido com o Japão há vários meses a portas fechadas e que em tese busca uma saída para acabar com a matança. Informações obtidas pelos ambientalistas dão conta de que, frente à intransigência do Japão, a Comissão poderia aceitar a continuidade da caça antártica. “Isso é um absurdo total”, segundo o ex-Vice-comissário do Brasil à CIB e atual Presidente do Conselho Superior da Rede Marinho-Costeira e Hídrica do Brasil, José Truda Palazzo Jr.


Matança de baleias

Uma indústria crescente: a observação eticamente correta de baleias respeita o bem-estar animal e cria novos meios de subsistência
Uma indústria crescente: a observação eticamente correta de baleias respeita o bem-estar animal e cria novos meios de subsistência
Truda que é ambientalista e ainda o brasileiro com mais longa participação nas atividades da Comissão fala sobre a matança indiscriminada de baleias:

– Aceitar os termos do Japão e legitimar a continuidade da caça na Antártida vai contra tudo o que o Brasil sempre defendeu na conservação dos cetáceos, em particular o direito dos países do hemisfério sul ao uso não-letal desses animais através do turismo de observação, que pode ser seriamente afetado pelo roubo de nossas baleias pela indústria baleeira japonesa. Precisamos por um fim a esse crime, e esperamos que nossos diplomatas mantenham a posição firme que fez do Brasil uma liderança positiva na CIB.

Truda Palazzo também acrescentou que a atividade baleeira do Japão não atende nem a verdadeiros interesses científicos, e nem a nenhuma necessidade alimentar da população daquele país, mas sim ao interesse político da JFA, a agência de pesca japonesa. A Agência manobra subsídios da ordem de milhões de dólares que mantém as atividades baleeiras. Segundo ele:

– A pura politicagem com dinheiro público, não tem nada a ver com necessidade alimentar, científica ou cultural.

Novas reuniões

O ‘grupo secreto’ de negociação da CIB no qual o Brasil participa deverá se reunir novamente no final de janeiro no Havaí para mais uma rodada de negociação com o Japão.

Antonio Augusto Silva, diretor da WSPA no Brasil, fala sobre o posicionamento do país com relação à negociação a portas fechadas com o Japão:

– Depois de ser pioneiro declarando o mar territorial brasileiro como santuário para cetáceos em 18 de dezembro de 2008 o Brasil agora afunda na incompatível posição de "negociador secreto" com o Japão. Não foi para isso que trabalharam incansavelmente diplomatas como Maria Teresa Mesquita Pessoa, que chefiou o DMAE e liderou várias reuniões em prol do fim da caça às baleias com o apoio da maioria dos países sul americanos, principalmente da Argentina. O Japão é conhecido por "comprar" votos na Comissão Internacional da Baleia. Só espero que o Brasil não esteja caindo nessa armadilha.


Veja o texto da Carta Aberta enviada pelas ONGs ao Comissário do Brasil na CIB. >>

Fonte: José Truda Palazzo

Terremoto no Haiti também afeta os animais

O mundo está respondendo ao desastre no Haiti. Pessoas de vários países estão se unindo para ajudar da forma que podem. As vítimas animais desse desastre também estão precisando de ajuda emergencial e, por isso, grupos de proteção animal estão unindo forças para socorrê-los.

A WSPA - Sociedade Mundial de Proteção Animal e o IFAW - Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal irão trabalhar juntos em campo para ajudar os animais do Haiti. Por meio da Coalizão de Ajuda aos Animais do Haiti (ou ARCH, no original Animal Relief Coalition for Haiti) irão prestar a assistência necessária. Todas as organizações de proteção animal estão convidadas a se juntar à ARCH e dar seu apoio à coalizão.

As equipes irão trabalhar com uma clínica móvel doada pela Sociedade Humanitária de Antigua e Barbuda. A WSPA e o IFAW estão levantando fundos para equipar essa clínica móvel. Ela será enviada por navio de Antigua para a afiliada WSPA chamada Sociedad Dominicana para la Protección de Animales (SODOPRECA), na República Dominicana, para que ela então cruze a fronteira e entre no Haiti.

Acompanhe o andamento da ajuda aos animais afetados no terremoto do Haiti no blog WSPA de desastres.www.animalsindisasters.typepad.com. >> (em Inglês)

Chita: outro caso de trabalho escravo

por: Dr. Pedro A Ynterian - Presidente, Projeto GAP Internacional

Chita (Fonte: http://cheetathechimp.org/)

Chita (Fonte:http://cheetathechimp.org/)

E AINDA TRABALHA PARA SUSTENTAR-SE

Chita (que na realidade é um chimpanzé macho) trabalhou anos a fio em Hollywood, nos filmes de Tarzan. Foi conhecido no mundo todo e enriqueceu a todos os atores que contracenaram com ele, assim como os magnatas da mídia em Hollywood. O que Chita ganhou com isso? NADA. Se fosse protegido pelas leis trabalhistas humanas, hoje seria um milionário.

Chita, ainda pior, quase beirando os 80 anos, TEM QUE TRABALHAR, pintando quadros, que são vendidos e fornecem o sustento para ele e seu grupo de chimpanzés que vivem com ele na Califórnia. No entanto, teve a sorte de ter um treinador que pelo menos criou um Santuário para ele sobreviver e poder arrecadar fundos para ele e seu grupo viverem decentemente. Quantos mais existem assim? Talvez, nenhum.

Chita, internacionalmente, é o maior exemplo de exploração comercial e trabalho escravo que existe.

Não é o momento de fazer leis que proíbam esta prática nefasta?

Dr. Pedro A Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional

EUA: já há 141 votos a favor do The Great Ape Protection Ac

Divulgação
PROJETO R&R, E.U.A.

O Projeto R&R, junto a outras organizações, estão trabalhando intensamente desde o início deste ano para conseguir aprovação no Congresso Norte-americano do chamado GAP ACT (The Great Ape Protection Act), que é um projeto de Lei que garante a aposentadoria de todos os chimpanzés em laboratórios de pesquisa e tortura médica, proíbe testes invasivos, assim como o uso de fundos federais para estes procedimentos.

Já há 141 votos de Congressistas apoiando o Projeto, que está na Subcomissão de Energia e Comércio para sua prévia aprovação.

Dê o seu apoio a esta iniciativa que defende centenas de inocentes que ainda são torturados em laboratórios médicos.


Ata dos Grandes Primatas (The Great Ape Protection Act)

PROIBE:

- testes invasivos nos grandes primatas;
- fundos federais dentro e fora dos Estados Unidos para pesquisas médicas usando grandes primatas;
- transporte de grandes primatas para essas pesquisas;
- reprodução com fundos federais para usar grandes primatas em pesquisas médicas.

DETERMINA:

- aposentadoria permanente de todos os grandes primatas que o Governo Federal tem sob sua propriedade.

Colabore com esta iniciativa, apoiando o Projeto R&R

http://www.releasechimps.org/mission/change-laws/the-great-ape-protection-act/

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Filhote de leão do GAP será batizado por protetores do ES dentro da campanha por circos sem animais

A leoa Carol e seu filhote
A leoa Carol e seu filhote

O filhote de leão nascido no Santuário do GAP em Sorocaba no último dia 5 será batizado pelo grupo de protetores de animais que se mobilizou no segundo semestre do ano passado para a transferência dos leões Chimarrão, Sarita e Carol – a mãe do leãozinho – do Circo Rostok, do Espírito Santo, para o santuário no interior de SP. Os leões estavam subnutridos e viviam numa jaula ínfima e sem qualquer condição de higiene ou segurança.

O filhote de uma semana será batizado de Hércules, se for macho – em homenagem ao Dr. Hércules, um dos maiores lutadores pela causa animal no ES, e Vitória, se for fêmea – em homenagem ao nome da capital do estado. Por ser ainda muito jovem, a equipe do santuário ainda não conseguiu identificar o sexo do leoazinho. “Esse bebê não teve o privilégio de nascer numa floresta imensa, mas também não teve a infelicidade de nascer dentro de uma jaula, num circo”, diz Rômulo Vitório, da diretoria da AMAES – Associação Amigos dos Animais do ES.

O grupo de protetores, liderados pela AMAES e com apoio da WSPA – Sociedade Mundial para Proteção Animal – vai contar a história do leãozinho e sua família aposentada de maus-tratos em circos para reforçar e sensibilizar o Governador do ES. Amanhã, dia 13, o grupo terá uma audiência com Paulo Hartung para argumentar a favor da sanção do PL que define a proibição de circos sem animais no estado. Se a Lei for aprovada, o ES será a oitava unidade da federação a decretar o fim dos maus-tratos a animais em circos no país.

O PL de proibição de animais em circos no ES foi criado após a mobilização da sociedade local por conta da remoção dos três leões do circo para o GAP no ano passado. Após algumas audiências públicas, o PL foi incrementado e aprovado por unanimidade na Assembléia Legislativa em dezembro, só dependendo agora da sanção do Governador para se tornar Lei.

“Aproveitando a reunião importante de amanhã em Vitória, com a expectativa de que o Governador sancione o PL, iremos transformar esse filhote em um símbolo da luta pela causa animal no ES”, conclui Rômulo.