sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Paul Watson e Sea Shepherd em episódio de South Park

Fonte: ANDA - por Lobo Pasolini

Paul Watson em South Park

A famosa série de animação South Park, conhecida pela ironia impiedosa que trata de temas contemporâneos da cultura popular, usou a Guerra das Baleias (Whale Wars), estrelada pelo Sea Shepherd do Capitão Paul Watson, como material de sátira em episódio exibido dias atrás. Nele os japoneses aparecem matando golfinhos e baleias em toda a parte, inclusive em parques aquáticos. Enquanto isso, um menino americano simpatizante da causa toma conta das operações do Sea Shepherd nos mares depois que Paul Watson é morto pelos japoneses com um arpão.

O mais interessante é a resolução final do episódio. Os japoneses, depois de aprisonar o menino, explicam que matam baleias e golfinhos porque foram uma baleia e um golfinho que pilotaram os aviões que jogaram as bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki. O prisoneiro americano quase diz a verdade, mas resolve a situação de outra forma: ele diz que a foto usada como evidência foi alterada e fornece uma nova foto que revela os “verdadeiros” pilotos do ataque: uma galinha e uma vaca. Assim, os japoneses começam a matar galinhas e vacas e os americanos dizem: “Agora eles são normais como nós”.

Essa conclusão ilustra bem a mentalidade do público ocidental que come animais mas que se revolta contra os japoneses e outras culturas que consomem outros tipos de animais. Porém, Paul Watson não pode ser acusado disso, já que ele é vegano e seus piratas também são, pelo menos enquanto trabalham para ele.

Watson comentou no website Ecorazzi que ele se sentiu lisonjeado. Aparecer no South Park é sinal de ter se tornado parte da cultura pop. “Eles soletraram Sea Shepherd corretamente e trouxeram a questão da matança de golfinhos e baleias para um grande público. O que eles deixaram de fora foi que nós baixamos as cotas de abate dos japoneses pela metade e com isso seus lucros. Nosso objetivo é falir essa indústria e nós estamos fazendo exatamente isso”.

O que os japoneses fazem nos mares é inadmissível. O que o Ocidente faz também nos mares e nos milhares de matadouros espalhados pelo mundo é igualmente aterrorizante. A resposta correta para essa situação de violência é o veganismo. Ao parar de contribuir para a demanda por produtos de origem animal, você contribui para enfraquecer essa indústria que lucra com a dor e a morte alheia. Revolta emocional não resolve nada. O que resolve são nossas ações e decisões.

Souh Park - Whales

- O episódio foi ao ar originalmente em 28/10/2009, mas devido a obrigações contratuais pré-esistentes voltará ao ar apenas em 28/11/2009. O link que informa essa decisão e no qual estará inserido o episódio é:http://www.southparkstudios.com/episodes/251888

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Moradores denunciam matança de 85 cães em Ubajara/CE

Fonte: Diário do Nordeste

Mesmo sem comprovação de que estavam doentes, cães foram sacrificados no município de Ubajara

Ubajara/CE - "Todos os cães e gatos encontrados soltos na rua e que forem capturados serão sacrificados. Está no Código de Postura do Município", disse o secretário de Saúde deste município, Grijalva Parente Costa, ao justificar a matança, de uma só vez, de pelo menos 85 cães, capturados porque estavam soltos pelas ruas da cidade. Os animais foram sacrificados na tarde da última sexta-feira.

Os animais, capturados por uma equipe formada por agentes do Centro de Zoonoses de Tianguá e da Secretaria de Saúde de Ubajara, não foram examinados para saber se haveria a necessidade ou não do sacrifício. Mesmo assim aqueles que não tiveram tempo de ser recolhidos pelo dono e que permaneceram no alojamento sofrerem eutanásia, com injeção letal à base de cloreto de potássio, levando à morte sem dor.

A forma como os animais eram submetidos à eutanásia, todos amontoados em um dos galpões do parque de exposição deste município, chamou a atenção dos moradores que resolveram denunciar (eles preferiram não se identificar). Os cães, segundo os denunciantes, eram sacrificados em questão de minutos para, em seguida, serem colocados na carroceria de um carro e levados até o lixão, onde foram incinerados e enterrados.

"Eles chegaram aqui no início da tarde e despejaram todos os cães nesta vala. Em seguida queimaram todos. Dava para ver, muitos não estavam doentes", disse o catador de lixo, Francisco Luiz do Nascimento, que levou a reportagem do Diário do Nordeste até o local onde os cães foram cremados. Muitos moradores do Bairro São Sebastião, periferia da cidade, se sentiram revoltados com o trabalho do pessoal da carrocinha.

"Eles só queriam pegar os animais mansinhos. Cães vadios mesmo eles não levaram nenhum", disse a dona de casa Francisca Rodrigues, que prendeu os seus dois cães dentro de casa durante a operação.

Grijalma Parente informou ainda que a ação foi motivada por reclamação que partiu da própria comunidade, que devido à falta de alojamento para esses animais, muitos vivem perambulando e mendigando comida ou arrumando briga com outros animais, se sentem ameaçada. "A captura desses animais não é uma constante, isso depende de denúncia", reforça o secretário de Saúde.

A dona de casa Rita Moreira, que teve seu cão apreendido pela equipe de capturas, se dizia indignada com ação. "Eu não estava em casa, eles pegaram o cachorro na rua e levaram para o canil. Mandei meu filho ir lá buscar, mas eles disseram que teria que pagar R$ 4. Quando meu filho voltou para pegar eles já tinham matado o animal", contou Rita.

O secretário disse ainda que, nos últimos dois anos, o município registrou quase 40 casos de calazar, mas que só três desses casos foram do tipo visceral.

ENQUETE DO JORNAL DIÁRIO DO NORDESTE

Você achou correta a apreensão e sacrifício dos animais?

ANDREIA PEREIRA DE SOUSA
37 ANOS
Dona de casa
"Não concordo com o que fizeram. Eles só procuram prender os animais que têm dono, os vadios e doentes estão soltos"

MARIA CUNHA FREITAS
66 ANOS
Aposentada
"Sim, porque esses animais ficam soltos pelas ruas da cidade e podem se tornar um perigo constante para a saúde pública"

Marcilene Rodrigues da Silva
13 ANOS
Estudante
"Fiquei muito nervosa quando a carrocinha chegou para pegar os cachorros e corri para prender os meus. Não é certa a ação"

FIQUE POR DENTRO

CRIME AMBIENTAL

A presidente da União Internacional Protetora dos Animais (Uipa), no Ceará, Geuza Leitão, faz um alerta sobre os casos de sacrifícios de animais de forma irregular. Nos casos de eutanásia de cães devido ao calazar, a doença deve estar comprovada por exame, para justificar a morte dos bichos, que deve proceder sem causar sofrimento aos mesmos. Caso contrário, pode ser caracterizado como crime ambiental, previsto pela Lei Federal nº 9.605. A legislação é clara: "Artigo 32 - Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena: detenção, de três meses a um ano, e multa; Parágrafo 2º - A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre a morte do animal". Já no decreto federal nº 6.514, de 22 de julho de 2008, é taxativo em seu Artigo 29: "Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Multa de R$ 500,00 a R$ 3.000,00 por indivíduo".

MAIS INFORMAÇÕES
Secretaria de Saúde de Ubajara
Rua Luis Pereira, 514
Centro
(88) 3634.1300
WILSON GOMES
Colaborador

Clínicas veterinárias de Curitiba recebem microchips para cães

Um dos objetivos é reduzir abandono de animais domésticos, diz prefeitura.
Primeiro lote foi distribuído na quarta; cada aparelho deve custar R$ 9.

Fonte: G1

Os donos de cães e gatos de Curitiba não precisam mais entrar em pânico se seus animais de estimação se perderem. A prefeitura e a Rede de Defesa e de Proteção Animal de Curitiba vão disponibilizar microchips que podem ser aplicados nos cães, gatos e animais de tração, permitindo que eles sejam encontrados com mais facilidade.

De acordo com a prefeitura, o dispositivo serve como uma espécie de carteira de identidade eletrônica.

A medida também deve evitar que donos abandonem os animais. “Queremos diminuir a irresponsabilidade dos donos de cães e gatos, que compram os animais num impulso e depois abandonam ou maltratam”, disse Marcos Traad, coordenador da Rede de Defesa e Proteção ao Animal.

Prefeitura distribuiu primeiro lote de microchips às clinicas veterinárias (Foto: Joel Rocha/SMCS)

Prefeitura distribuiu primeiro lote de microchips às clinicas veterinárias (Foto: Joel Rocha/SMCS)

De acordo com Traad, os chips são aplicados através de uma injeção na parte de trás do pescoço do animal. “É uma parte que tem mais pele, feita para aguentar agressões, então eles não sentem muita dor nessa área”, afirmou. Os donos receberão um certificado de comprovação do aparelho.

Segundo a prefeitura, os proprietários dos cães e gatos poderão procurar clínicas veterinárias parceiras para colocação do microchip. A expectativa é que, até o fim deste ano, os três mil animais que estão cadastrados no site da rede recebam o equipamento.

"A médio e longo prazo, a prefeitura terá o mapa com informações concretas sobre os animais domésticos da cidade, e estabelecer políticas mais eficazes de controle populacional", afirmou o presidente da Associação Nacional de Clínicas Veterinárias de Pequenos Animais - PR (Anclivepa), Jorge Luiz Schemiko.

O valor do microchip será de R$ 9. "Queremos popularizar a identificação eletrônica, que é um método moderno e seguro, tanto para o animal como para o proprietário", disse Marcos Traad.

A prefeitura informou que deve fazer a aplicação gratuita dos microchips nas regiões periféricas da cidade.

Distribuição

Na quarta-feira (18), a administração municipal distribuiu o primeiro lote de chips às clinicas veterinárias cadastradas na Rede de Defesa e de Proteção Animal. Vinte e nove unidades receberam 900 chips, além de leitoras óticas e aplicadores.


OPINIÃO DA PRESIDENTE DE UMA ENTIDADE DE PROTEÇÃO ANIMAL LOCAL

Infelizmente as ações que vcs tem visto na mídia sobre proteção animal em Curitiba não passam de MIDIA.

Na prática existe muita política e NENHUMA ação que possa dar resultado.

15 mil cães estão em estado de total abandono e 200 mil semidomiciliados. Não há estatísticas para gatos; a Prefeitura banca 900 castrações por ano e quem quer castrar seu animal tem que aguardar 3 anos na fila.

O Chip não passou pelas entidades de proteção animal, como podem ver ficou com clínicas particulares afiliadas a ANCLIVEPA... se quisermos chipar os animais tutelados pelas entidades teremos que pagar... Exitem abrigos aqui com mais de 3 mil cachorros...

Nasci aqui e o que fazemos de melhor é divulgar uma imagem de uma cidade que não existe. Nossos ônibus andam superlotados, estamos cheios de favelas, nossos animais são negligenciados enquanto um slogan de cidade ecologica é vendido.

Se precisarem de um bom marketeiro ou de mentiroso contratem um curitibano.

Mirian Gotin,
Presidente da PROBEM ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO E BEM ESTAR ANIMAL - Curitiba -PR

UFMG inaugura campo de concentração de animais (biotério)

Noticias - ANIMAIS - BRASIL
19-Nov-2009

Diga não ao biotério da UFMG

Conforme informações do Boletim da UFMG (vejam abaixo) foi inaugurado no dia 14 de novembro um biotério (campo de reprodução e concentração de animais que serão vítimas de experimentos cruéis) da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). A UFMG será responsável pela reprodução de 110 mil seres indefesos que serão cruelmente exterminados em nome da ciência. O novo prédio do biotério da UFMG lembra muito um Campo de Concentração de Auschwitz. Os nazistas se julgavam no direito de fazer o que bem entendessem com seres indefesos: animais, judeus, ciganos, homossexuais, etc... A UFMG também se julga no direito de exterminar vidas de seres indefesos em nome da ciência. Devemos observar que a UFMG desobedece o artigo 225 da Constituição Federal que estabelece como crime as práticas submetam os animais a crueldade.

A vivissecção (experimentos em seres vivos) é uma prática abominável que está sendo repelida em todo o mundo. A Declaração Universal dos Direitos dos Animais assegura que nenhum animal deve ser usado em experiências que lhe causem dor.

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Proteste já
Se você não concorda com o biotério da UFMG, ajude a protestar. Para reforçar seus argumentos vejam estes sites:

- http://www.1rnet.org/
- http://www.fbav.org.br/ (Frente Brasileira para a Abolição da Vivissecção)

Enviem mensagens de protesto para:

1) Ronaldo Tadêu Pena - Reitor - reitor@gabinete.ufmg.br reitor arroba gabinete.ufmg.br
2) Maria Elisa Souza - chefe de gabinete - chefia@gabinete.ufmg.br chefia arroba gabinete.ufmg.br
3) Carlos Alberto tavares - Pró-Reitor de Pesquisa - info@prpg.ufmg.br infor arroba prpg.ufmg.br
4) Elizabeth Ribeiro - pró-reitora de Graduação - ersc@ufmg.br ersc arroba ufmg.br
5) Professor Humberto Pereira - cetea@prpq.ufmg.br cetea prpq.ufmg.br
6) CEBIO - Centro de Pesquisa em Biotecnologia Ltda cebio@cebio.med.br cebio arroba cebio.med.br
7) Biotério da UFMG: cebio@icb.ufmg.br cebio arroba icb.ufmg.br

Fonte: http://www.midiaindependente.org:80/pt/blue/2009/11/458612.shtml


Novo biotério elevará qualidade dos estudos envolvendo animais na UFMG

Fonte: Foca Lisboa - Ana Rita Araújo

No próximo dia 13 será inaugurado o biotério de produção do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), espaço que mudará o patamar da pesquisa científica e tecnológica feita na Universidade e nas instituições a ela associadas. Vinculado ao Centro de Bioterismo (Cebio), o ambiente é destinado à produção de animais experimentais de qualidade, tarefa apontada como ?gargalo? na infraestrutura de pesquisa no Brasil e em toda a América Latina, como explica o vice-diretor do ICB, professor Sérgio Costa Oliveira, que coordenou o projeto de implantação do biotério.

Segundo ele, quando estiver funcionando em capacidade plena, o espaço de mil metros quadrados produzirá cerca de 40 mil ratos e 70 mil camundongos por ano, para atender a cerca de 80 grupos de pesquisa do ICB, além de experimentos em outras unidades acadêmicas, como as faculdades de Farmácia e de Odontologia e as escolas de Medicina e de Veterinária. ?Também é papel do Cebio atender demandas de pesquisadores da Fiocruz e de outras instituições de Minas Gerais, que constituem a Rede de Bioterismo financiada pela Fapemig?, explica a diretora do Centro, professora Ana Lúcia Brunialti Godard. Financiado pela Finep, o novo biotério recebeu apoio da Capes para a compra de equipamentos, além de recursos da Fapemig e da própria UFMG.

Em princípio, serão criados animais isogênicos, isto é, de linhagens geneticamente idênticas, como camundongos BALB/c e C57BL/6, as mais utilizadas. ?A produção de linhagens transgênicas e dos knockouts será implantada quando o biotério estiver em pleno funcionamento?, informa Sérgio Costa, que vislumbra a contribuição da UFMG para a melhoria do nível de pesquisas tecnológicas de empresas privadas, uma vez que a oferta de animais experimentais de qualidade no Brasil é muito pequena, restringindo-se praticamente a duas universidades paulistas ? Unicamp e USP ? e à Fiocruz, no Rio de Janeiro.

Animais certificados

O Cebio passará a funcionar com uma estrutura ideal para cumprir sua finalidade de produzir animais de experimentação padronizados, dentro de normas internacionais?, informa Ana Lúcia Godard. A busca pela melhoria de procedimento na produção tem por objetivo fornecer aos grupos de pesquisa animais experimentais de linhagens genéticas puras, com cargas microbiológicas específicas, que não afetem os resultados dos diferentes experimentos. Para isso, são controlados elementos como o ambiente, com filtragem e renovação periódica do ar; e são realizados monitoramento biológico e esterilização da água, do alimento e das raspas de madeira que servem de cama para as cobaias. Ao trabalhar com animais homogêneos, os pesquisadores têm menor desvio-padrão nos experimentos, o que leva à eventual redução do número de animais por grupo experimental?, completa Ana Lúcia Godard.

Atualmente, cada grupo de pesquisa produz em ambiente próprio as cobaias de que necessita, enfrentando uma série de dificuldades. Não é fácil manter uma infraestrutura física e de recursos humanos adequada para um trabalho especializado como esse?, explica o vice-diretor.
Novos funcionários recém-contratados por concurso público e os que já trabalham no Cebio deverão passar por treinamento específico para compor a equipe técnica do Biotério. Ainda este ano será oferecido curso de 45 horas-aula sobre prática de monitoramento genético das linhagens. De acordo com a diretora do Cebio, os recursos humanos adequados ao trabalho constituem um desafio a ser vencido. Não existe no Brasil formação em ciência de animais de laboratório ou bioterismo, seja em nível técnico ou superior. A própria Lei Arouca, que é recente, deixa de fora essa questão?, analisa.

Ela lembra que alguns mecanismos de funcionamento do biotério são automatizados, como o ciclo de luz, renovação do ar e controle de temperatura. ?Mas não é automático dar comida, trocar gaiola e acasalar os animais, autoclavá-los, preparar materiais, entre diversas outras tarefas. Cada momento desses requer um técnico preparado para o trabalho, com formação muito especializada?, diz a professora.

Fonte: http://www.ufmg.br/boletim/bol1675/3.shtml

Cegonha recebe perna mecânica na Alemanha

Prótese custou mil euros e foi paga por doadores.
Sem uma das pernas, ave não sobreviveria na natureza.

Da AFP

Da AFP

Em Neuböhla, na Alemanha, uma cegonha branca (Ciconia ciconia) ganhou uma perna mecânica após ser ferida. Ela não sobreviveria na natureza sem uma das pernas. A prótese custou mil euros e foi financiada por doadores. (AFP)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Circos sem animais: Comissão de Justiça acata relatório de Tripoli

Texto foi aprovado por unanimidade pelo Colegiado

Deputado ao defender seu relatório

Deputado ao defender seu relatório

 Clique aqui e ouça a entrevista do Deputado ao Programa Trilha Animal da WSPA Trilha Animal

Brasília (17 de novembro) - A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou nesta terça-feira relatório do deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP) ao Projeto de Lei 7291/06, do Senado Federal, que acaba com o uso de animais da fauna silvestre brasileira e os exóticos na atividade circense.

DEFESA ANIMAL

Durante reunião no Colegiado, o parlamentar paulista, que acompanhou toda a tramitação da proposta, comemorou a aprovação do relatório e destacou a importância do projeto para a proteção animal. "A aprovação do nosso relatório representa uma evolução na legislação brasileira, sobretudo para a defesa animal", ressaltou. O coordenador do Grupo de Trabalho da Fauna da Frente Parlamentar Ambientalista também agradeceu aos membros da Comissão pelo apoiamento ao texto.

Ao defender o relatório, Tripoli afirmou que houve um acordo entre os membros da Comissão de Educação e Cultura, que ampliou de três para oito anos o prazo para que os circos se desfaçam dos animais ainda existentes em seu plantel.

HISTÓRICO

O texto original da proposta instituía apenas o registro obrigatório dos animais. Após passar pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Educação e Cultura da Câmara, no entanto, ganhou um substitutivo que proíbe a utilização de animais em circos no Brasil por um período de oito anos. O parecer de Tripoli na CCJ recomendou na íntegra a aprovação da determinação.

TRAMITAÇÃO

O Projeto tramita em regime de prioridade e agora será apreciada pelo Plenário da Câmara.

Fonte: Assessoria do Deputado
Outras informações:
Felipe Cabral
Assessoria de Imprensa MTB 7355 - JP/DF
Gabinete do Deputado Ricardo Tripoli - PSDB/SP
Fone: (61) 3215-5241 / Fax: (61) 3215-2241
Câmara dos Deputados, Anexo IV Gabinete 241 – Brasília DF – CEP: 70900160

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Secr. da Saúde de São Paulo publica na internet manual para controle de população de cães e gatos

manual

Agência FAPESP – A Secretaria da Saúde de São Paulo publicou na internet um novo manual de recomendações para controle de população de cães e gatos no Estado.

Segundo a Secretaria, todos os 645 municípios paulistas devem seguir as recomendações do manual, que passou por uma ampla revisão, a primeira desde 2006.

No manual os municípios podem obter informações de educação para a promoção da saúde, legislação e políticas públicas, registro e identificação de cães e gatos, controle e reprodução de cães e gatos, entre outros.

Desde 2008 entrou em vigor no Estado de São Paulo a lei que proíbe a eutanásia dos animais de estimação (cães e gatos) nos serviços de controle animal dos municípios, como forma de controle populacional.

“Com a nova lei, é de extrema importância que os municípios desenvolvam ações de registro e identificação, adoção, campanhas educativas e controle reprodutivo de cães e gatos”, disse Luciana Hardt Gomes, responsável pelo programa de controle de populações de cães e gatos do Estado.

O manual segue recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Além do manual a Secretaria da Saúde implantou o Curso de Formação de Oficiais de Controle Animal (Foca).

O curso tem a finalidade de contribuir para a capacitação de médicos-veterinários, gestores dos serviços de controle de zoonoses e funcionários que realizam o manejo de cães e gatos.

“O nosso desafio é a implantação dos programas com foco na promoção da saúde e prevenção de agravos e doenças, de acordo com as normas do Sistema Único de Saúde (SUS), associadas ao bem-estar animal e à preservação do meio ambiente, refletindo na qualidade de vida da população”, disse Luciana.

O manual está disponível em www.cve.saude.sp.gov.br

Estudos mostram que porcos possuem alta cognição e aprendem rápido

Todos nós conhecemos a história do último dos Três Porquinhos, que frustrou o Lobo Mau ao construir sua casa com tijolos, em vez de usar palha ou galhos, como seus irmãos. Mas poucos sabem que, mais adiante, o porquinho aprimorou a vigilância de sua casa instalando espelhos convexos de segurança em pontos estratégicos ao longo da estrada de acesso.

Bem, e por que não? Na edição atual da publicação "Animal Behaviour", pesquisadores apresentam evidências de que porcos domésticos podem aprender rapidamente o funcionamento de espelhos e usam seu entendimento de imagens refletidas para visualizar seus arredores e encontrar alimento.

Os pesquisadores ainda não podem afirmar se os animais percebem que os olhos no espelho são deles mesmos, ou se os porcos podem se equiparar aos macacos, golfinhos e outras espécies que passaram no famoso "teste de auto-reconhecimento do espelho" - considerado um sinalizador de autoconhecimento e inteligência avançada.

Ao que eu digo, grande coisa. Por que os porcos deveriam gastar um precioso tempo de espelho inspecionando seus dentes ou ajeitando os pelos do queixo, quando poderiam estar usando o espelho como ferramenta para encontrar uma vista muito mais bela, o paraíso dos porcos que vêm numa tigela?

O fato é apenas um de uma série de recentes descobertas do nascente estudo da cognição dos porcos. Outros pesquisadores descobriram que porcos são brilhantes em se lembrar onde estão escondidos os suprimentos de comida e o tamanho de cada pilha em relação ao restante. Eles mostraram que o Porco A pode, quase instantaneamente, aprender a seguir o Porco B quando este mostra sinais de saber onde a boa comida está armazenada, e que o Porco B tentará enganar o porco que o segue e colocá-lo fora do rastro, para que o Porco B possa atacar sua comida em paz.

Aprendizado - Eles descobriram que os porcos estão entre os animais mais rápidos a aprender uma nova rotina. Eles conseguem realizar inúmeros truques: pular, saudar e ficar de pé, girar e fazer sons parecidos com palavras sob um comando, desenrolar tapetes, arrebanhar ovelhas, abrir e fechar jaulas, jogar videogame com controle remoto, e muito mais. Para o bem ou para o mal, os porcos também são lentos para se esquecer. "Eles conseguem aprender algo na primeira tentativa, mas é difícil para eles desaprenderem", disse Suzanne Held, da Universidade de Bristol. "Eles podem ficar assustados uma vez e ter sérios problemas para superar aquilo".

Os pesquisadores também descobriram que não importam os novos detalhes encontrados sobre a perspicácia dos porcos, a reação pública é sempre a mesma. "As pessoas dizem, 'Ah, sim, os porcos são mesmo espertos, não é?'", disse Richard W. Byrne, professor de psicologia evolucionista da Universidade de St. Andrews. "Eu recomendaria que alguém estudasse ovelhas e bodes em vez de porcos, de forma que as pessoas ficassem adequadamente impressionadas em descobrir que seu animal é inteligente".

Com sua frustração artificial colocada de lado, ele acrescentou, "se você quer compreender a evolução da inteligência e dos comportamentos sociais, é importante trabalhar com animais como porcos, sem nenhum parentesco conosco", mas primos das baleias e dos hipopótamos.

Tão longe, e ao mesmo tempo tão perto. Na semana passada, uma equipe internacional de biólogos divulgou o primeiro rascunho da sequência do genoma do porco, o conjunto completo de instruções genéticas para fazer a raça Duroc da espécie Sus scrofus. Mesmo num olhar apressado, "o genoma do porco se compara favoravelmente ao genoma humano", disse Lawrence Schook, da Universidade de Illinois, em Urbana-Champaign, um dos líderes da equipe.

"Partes muito grandes são mantidas em pedaços completos", afirmou ele, praticamente sem alterações nos mais de 100 milhões de anos desde que os ancestrais dos humanos e dos porcos se dividiram.

Schook está particularmente ansioso para ver se os muitos paralelos fisiológicos e comportamentais entre humanos e porcos são refletidos em nossos respectivos genomas. Corações de porcos são como nossos corações, segundo ele, porcos metabolizam medicamentos como nós, seus dentes lembram os nossos, e seus hábitos podem fazer o mesmo. "Olho os porcos como um grande modelo animal representativo de doenças do estilo de vida humano", disse ele. "Porcos gostam de ficar sem fazer nada, gostam de beber, e, se tivessem a chance, eles fumariam e veriam televisão".

Domesticação - Os porcos têm vivido em currais há pelo menos oito mil anos, quando foram domesticados na Ásia e na Europa. A domesticação foi simples, pois eles gostavam muito de procurar comida em locais de lixo. "Os porcos eram difíceis de caçar, mas, se você colocasse o lixo para fora, bandos deles seriam atraídos, vindos da floresta", disse Schook. "Depois de um tempo, as pessoas perceberam que não precisavam caçá-los. Tudo que precisavam fazer era colocar uma cerca ao redor do lixo".

Os porcos eram incansáveis máquinas de compostagem. "Eles se alimentavam de nosso lixo", disse Dr. Byrne. "Tudo que produzíamos, eles transformavam numa ótima carne". A carne de porco está entre as carnes mais populares do mundo; em muitos lugares, os porcos são uma valiosa forma de moeda. "Em partes da Nova Guiné, eles são tão importantes para as vilas que chegam a ser amamentados por mulheres", contou ele.

É claro, os porcos nem sempre são tratados com tanto carinho, e os pesquisadores denunciaram fazendas de criação. "Sou alemão e adoro linguiça, mas nunca comeria carne de porco que não fosse de criação livre", disse Held.

Mesmo na domesticidade, os porcos mantiveram muito de sua esperteza. Byrne atribui a inteligência dos porcos às mesmas pressões evolucionárias que estimularam a esperteza dos primatas: a vida social e o alimento. Porcos selvagens vivem em grupos sociais de longo prazo, acompanhando uns aos outros como indivíduos, buscando melhor proteção contra predadores. Eles também realizam buscas por difíceis fontes de alimento, exigindo uma destreza no focinho não muito diferente da habilidade de um macaco.

Como já se havia visto macacos usando espelhos para localizar comida, Donald M. Broom, da Universidade de Cambridge, e colegas decidiram buscar um tipo similar do chamado reconhecimento de avaliação, em porcos. Eles começaram expondo sete porcos, com idades entre 4 e 8 semanas, a cotas de quatro horas com um espelho e gravaram suas reações.

Os porcos ficaram fascinados, apontando seus focinhos para o espelho, hesitando, vocalizando, se aproximando, caminhando para frente e cheirando a superfície, olhando sua imagem de diferentes ângulos, olhando atrás do espelho. Quando o espelho foi colocado em seu cercado um dia depois, os porcos, já experientes com vidros, o saudaram com entusiasmo.

Em seguida, os pesquisadores colocaram o espelho na área delimitada, junto a uma tigela de comida que não podia ser diretamente vista, mas cuja imagem estava refletida no espelho. Eles então compararam as reações dos porcos que tinham experiência com o espelho com aqueles sem experiência. Ao mirar a comida virtual no espelho, os porcos experientes se viraram e, numa média de 23 segundos, já haviam encontrado a comida. Os porcos sem experiência, entretanto, tomaram o reflexo como realidade e buscaram, em vão, encontrar a tigela atrás do espelho. Não há dúvidas de que os pobres porquinhos frustrados mal podiam esperar para chegar em casa, abrir uma cerveja e ligar a TV.

Fonte: Folha Online